Mapeando a Comunidade: Manual

Authors

Ana Laura Souza Vargas; André Duarte Massahud; Aniely Araujo Porto, FGV EAESP; Gabriel Brandão Xavier, FGV EAESP; Gabriela Andrade Borges; Vangelis Pitidis, Assistant Professor of Global Sustainable Development, Institute for Global Sustainable Development, University of Warwick; Fernanda Lima-Silva, Postdoctoral Research Fellow/Researcher, Centre for Public Administration and Government Studies, Gentulio Vargas Foundation; Guilherme Prado de Abreu

Synopsis

Cada espaço é único, não apenas pelo seu tamanho, número de moradias, córregos ou relevo, mas principalmente pela sua identidade. E esta é formada pelas relações entre pessoas, as formas como vivem ali, como se manifestam. Um espaço onde a cultura se manifesta passa a ser um lugar. O meu lugar.

Um mapa pode ser simplesmente a representação geográfica de um espaço, mas quando é construído por quem mais conhece o território passa a ser também uma forma de se comunicar, de contar uma história, de fortalecer a própria identidade.

O projeto Dados à Prova d’Água desenvolveu uma forma de construir mapas a partir do diálogo e com a participação de
moradores dos lugares e experimentou o métodos em três cidades no primeiro semestre de 2022:

  • na Ocupação Guarani Kaiowá em Contagem, Minas Gerais;
  • na Comunidade do Cai Cai em São Paulo;
  • e no Bairro 06 de Agosto em Rio Branco no estado do Acre.

Foram experiências muito interessantes e que confirmaram que este pode ser um bom caminho para atingir os objetivos definidos pelas comunidades.

O método tem duas principais finalidades:

  1. A primeira é promover encontros participativos entre moradores, pesquisadores, poder público e demais interessados para gerar mapas que mostrem questões importantes de cada local.
  2. A segunda é estimular a realização de discussões sobre as informações organizadas em torno dos principais temas
    identificados nos mapas construídos pelos participantes dos trabalhos.

Os mapas podem mostrar as dificuldades, as alegrias, as necessidades dos moradores, as atividades que desejam realizar e muitos outros registros que ajudam na realização de melhorias nas comunidades.

Este manual apresenta, resumidamente, as ferramentas, os modos de mobilização dos moradores e os recursos técnicos que
fizeram parte das experiências de mapeamento nesses três diferentes lugares.

Todos os trabalhos seguiram passos bastante parecidos, conforme descrito neste manual. Porém, cada comunidade definiu
suas questões de modo específico e criou seu próprio jeito de produzir e de discutir seus mapas. Essas pessoas têm histórias
diferentes e as formas de trabalhar precisam permitir adaptações, mudanças e novas interpretações.

As propostas apresentadas neste manual são direcionadas para moradores de bairros, vilas, favelas, ocupações e comunidades que desejam produzir seus mapas, discutir questões importantes para seu dia a dia e buscar juntos/as caminhos para seu futuro.

Vamos?!

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Published

October 4, 2022

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